Versões e Disfunções...

...sempre que partilho o amor por este filme com alguém e o sentimento é reciproco sinto uma sensação radiosa de irmandade.

...sempre que o meu pai lembra com ternura a personagem do Morgan Freeman neste filme, esqueço-me que tinha o Kevin Costner e que até era um filme clássico, com diversão, aventura e romance para toda a família.

Sou fã da dupla Ridley Scott/Russel Crowe. Gosto mesmo muito do "Gladiador", se dá na TV revejo  até ao fim e como emoção.

Por isto tudo, tinha grandes expectativas para este filme (do tipo não devia ver isto sem ter um sistema de som surround à maneira):

Pois bem, o que temos é um filme impecavelmente filmado, cheio de rigor histórico em que o canastrão australiano distribui as tareias que a gente gosta, mas...

Nunca chega a empolgar, nunca chega a ser épico, há personagens que não me convencem (Rei João, João Pequeno e Will Scarlet). Bom, se calhar tinha expectativas demasiado altas...

Depois saltei para o aclamado senhor Noah Baumbach e suas histórias de familias disfuncionais.

Deste tinha gostado, talvez porque era novidade e porque tinha um elenco à prova de bala...leia-se Laura Linney, de quem gosto muito.

Este detestei e tive de o ver em duas partes porque a minha companhia desistiu. Actores que estavam claramente como peixes fora de água, argumento aleatório e pouco credível...Foi penoso.

O filme que vi ontem é uma mistura dos dois. 

(Para começar, devo dizer que filmes sobre crises de meia-idade é coisa que um gajo da minha idade e solteiro, vê com um misto de curiosidade e medo.)

Mas, voltando à análise, este é uma mistura dos outros dois porque temos um argumento que, apesar de ter premissas bem definidas e sólidas, se desenrola aleatoriamente e parece que acaba porque talvez tenha faltado o celulóide...

Mas, apesar de tudo, gostei porque os actores seguram o filme. 

Ben Stiller, a desconhecida Greta Gerwig e Rhys Ifans (lembram-se do maluco de "Notting Hill") tem todos excelentes desempenhos. Especialmente Ben Stiller que se safa bastante bem do seu mergulho no  "pseudo-indie" e onde se percebe de onde vem a expressão "under-acting" e sem que o conceito não soe a falso.

No fundo o que interessa é que este post cumpre bastante bem a sua função:

- Engordar a minha colecção electrónica de posters de filmes.

Mais finais-de-semana de borrasca como este e a engorda é certa.